Recentemente participei de um processo seletivo para integrar o casting de bailarinas de um restaurante.
Mas não foi meu primeiro "processo", e posso garantir: todos são "dolorosos".
Quando eu tinha uma "vida normal" participei de várias seleções para estágios e empregos, alguns bem chatos, outros demorados e outros, bem, outros bem ruins, no sentido de serem mal feitos.
Enquanto bailarina, experimentei alguns processos seletivos e fui bem sucedida em uns, outros não. Da mesma forma, uns foram chatos, outros demorados e outros eu prefiro nem comentar.
O que difere os dois tipos, basicamente, é a exposição. Sim, porque aqui não basta mandar um currículo bom, cheio de cursos, boa faculdade e trabalhos consideráveis. Outras coisas são envolvidas.
Também encaminhamos currículos, mas é a prova prática, a meu ver, a mais massacrante.
Envolve não só técnica, mas presença de palco e espírito, roupa, maquiagem, cabelo, mãos e pés. Mas isso é parte da vaidade.
Além disso, envolve carisma, educação, postura, ética e humildade. Tudo isso é parte da educação. E conta muito.
Depois que seu currículo é aprovado você se prepara, escolhe a música, ensaia. Escolhe a roupa, prova. Anota na agenda e vai.
Chega lá e se depara com bailarinas de renome, super boas tecnicamente, algumas conhecidas e outras surpresas. E diz: meu mundo caiu (para não dizer outra coisa).
Faz o que sabe fazer e espera pelo resultado, um martírio.
Daí, no dia que sai o resultado pede para alguém olhar para você, pois não tem coragem. Como somos negativas.
E fica feliz, pois passou!!
Ou, e fica feliz, pois não passou, mas recebeu várias dicas sobre o que fazer para ir melhor no próximo. Ganhou uma consultoria.
Sobre esse último, eu vou dizer: atormentei meu marido, meu filho e meus pais. Passei dias de apreensão. Não conseguia nem falar com minha chefe, e precisava....
Passar nesse último era tudo ou nada para mim (que bobagem), queria a todo custo ser selecionada, pois daí viriam várias oportunidades, meus rumos seriam mais certeiros.
Hoje, mais calmamente, percebo que sou capaz de alcançar meus objetivos, pois sou competente, trabalho direitinho, respeito meus colegas de profissão e evolui profissionalmente, então por que não conseguiria??
Todo mundo tem direito a um lugar ao Sol, então corre atrás do seu!
Eu não deveria, mas ainda me surpreendo com algumas coisas.
O que verão a seguir é uma afronta ao trabalho sério e profissional.
Eu tenho vergonha, mas ainda assim vou compartilhar minha indignação.
Não conheço e é pouco provável que chegue a conhecer qualquer uma das partes envolvidas no vídeo, de qualquer forma, registro que não sei quem é pior: a "professora" por ter submetido a "aluna" nesse embaraço ou a "aluna" por ter permitido a postagem do vídeo (vejam a quantidade de visualizações). Segue:
É de doer. Eu não vejo graça nenhuma.
Tenho o maior cuidado e carinho com aquelas que me procuram para dar aula, me preocupo com elas dentro e fora da sala de aula.
Mantenho-me atualizada para não cometer erros grosseiros.
Vamos estudar e nos preparar melhor para as aulas, que tal?
Só assim seremos profissionais dignos e nossas (os) alunas (os) sentirão orgulho em mostrar ao mundo como são felizes e amadas.
Mahmoud Reda é considerado o "pai" do folclore árabe, uma lenda no meio artístico. O pioneiro da dança-teatro no Egito. Co-fundador da Reda Troupe.
Pode-se considerar que foi ele quem introduziu as técnicas de Ballet Clássico nas danças árabes, em especial no folclore. Também utilizava princípios de jazz, dança hindu e folclore russo.
Nascido em 18 de março de 1930 no Cairo, Egito, em família de classe média-alta; seu pai era autor e bibliotecário-chefe da Universidade do Cairo e, com sua esposa criou uma família que viveu cercada de cultura e em sintonia com o modernismo que varria o Egito na época.
Cultuavam o atletismo e tinham dons musicais. Esse ambiente no qual Mahmoud foi criado foi essencial na promoção de suas tendências artísticas, além de seus atributos físicos, que ajudaram ainda mais suas habilidades como bailarino.
Curiosidade sobre Mahmoud: participou dos Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952, representando o Egito na ginástica, após ter ganhado medalha de ouro em campeonato realizado na Alexandria.
Mahmoud formou-se em comércio na Universidade do Cairo. De 1982 a 1990 foi Subsecretário de Estado do Ministério da Cultura.
Coreógrafo e solista em diversas produções, fez turnê em mais de 60 países, tocando nos palcos mais prestigiados do mundo. Também foi ator principal, bailarino e coreógrafo em diversos filmes egípcios. Chegou a ser comparado a Gene Kelly e Fred Astaire.
Entre os locais de suas apresentações podemos citar: Carnegie Hall (USA), Albert Hall (UK), Congress Hall (Germany), Stanilawisky e Gorky Theaters (URSS), Olympia (France) e United Nations (Geneve).
Abaixo, vídeo que ilustra a inserção do ballet clássico na dança árabe. Destaque para os giros e piruetas:
É importante ressaltar que a Reda Troupe começou com um negócio familiar, a partir do casamento entre as família Reda e Fahmy e seu interesse comum pela dança e tradição egípcia.
Mahmoud se casou com a irmã de Farida Fahmy e essa por sua vez se casou com seu irmão, Ali.
Mahmoud foi bailarino principal até 1972. Ensinou os dançarinos e coreografou e dirigiu todas as performances de palco. Com suas coreografias inovadoras, criou um gênero de dança que abraçou muitos estilos. Farida foi bailarina principal por 25 anos. Ela foi um modelo para os bailarinos contratados e sua graça e elegância logo conquistaram os corações dos egípcios.
Em meados de 1970, ela começou a desenhar os figurinos das produções.
Os co-fundadores reuniram seus fundos e com orçamento pequeno realizaram a primeira apresentação em 1959. A Troupe era composta por 6 bailarinas, 6 dançarinos e 12 músicos. A partir de 1961 o grupo foi colocado sob os auspícios do Ministério da Cultura.
Somente a partir de 1970 que reuniram 150 membros entre bailarinos, músicos e técnicos de palco e figurino. O repertório inclui mais de 150 danças que variam entre duetos e trios de damas, interagindo com mais de 30 bailarinos no palco ao mesmo tempo.
Ali Reda, irmão de Mahmoud, sempre foi um homem experiente no show business. Aos 16 anos já ganhava prêmios em concursos de dança de salão, em competições populares na época, como o swing. Mais tarde voltou sua carreira para o cinema. Nos anos de formação do grupo, Ali funcionou como conselheiro artístico e participou de todos os problemas administrativos e gerenciais. Dirigiu dois filmes do gênero comédia musical para a Reda Troupe. Esses filmes são considerados marco na historia do cinema egípcio e são mostrados até hoje na TV.
Observamos que seu trabalho moldurou e influenciou o que hoje é conhecido por dança oriental, sendo certo que muitos nomes da dança foram inspirados por ele: Raqia Hassan, Momo Kadous, Mo Geddawi e Yosry Sherif, entre outros.
Farida encerrou sua carreira na dança em 1983, continuando apenas com seus estudos acadêmicos. A Troupe foi deixada posteriormente nas mãos de outros membros, que não possuiam os mesmos talentos artísticos e de direção.
Todos os professores que surgiram não conseguiram produzir nada de notável e inovador até hoje, e seus estilos somente perpetuam o estilo Reda de técnicas e métodos de ensino.
O talento e a criatividade artísticas dos principais artistas da Troupe deixaram uma herança de dança teatral, cuja rica fonte é utilizada por vários professores e coreógrafos.
Aqui, inseri vídeo da coreografia Muwashahat, remontada por Lulu Sabongi. A dança é pura poesia e descreve a riqueza de movimentos, a bela leitura musical e criatividade imbatíveis de Mahmoud, vastamente encontradas em seus trabalhos:
Muwashahat é uma sofisticada forma musical que inclui vocalização e prolongados padrões rítmicos. Este gênero musical se originou na Espanha Islâmica durante o século dez.
Há uma descrição por Al Faruqi em seu artigo, a tradição andaluz, como um poema estrófico apresentado com música, consistindo de repetidos retornos a uma mesma estrofe como um refrão musical.
Jihad Racy escreveu que “é aceito comumente que esta forma musical foi introduzida no Egito por um músico vindo de Aleppo na Syria no final do século XVII. Este estilo se manteve muito presente na cultural musical do Egito até os primeiros anos do século XX.”
Em 1979 Mahmoud Redá produziu para a tv, oito peças de dança. Elas foram coreografadas para as composições de Fuad Abdel Magid, um músico que introduziu uma nova abordagem para este gênero clássico de musica. Estas danças foram apresentadas no palco pela primeira vez no Cairo em 1980.
Na moderna interpretação deste gênero, os intrincados e numerosos ritmos foram trocados por outros mais curtos e mais dinâmicos em seus padrões. Enquanto a forma essencial permanecia intacta, instrumentos ocidentais eram adicionados, juntamente com uma harmonia simples e o contraponto. As letras dos poemas reeditados ainda retinham o idioma clássico e a metafórica forma descritiva da poesia mowashahat.
Ali Redá diz que “os significados e imagens evocados são intricadamente tecidos na estrutura dos poemas, como um laço bem dado, o que é de fato pertinente ao significado da palavra muwashahat.na língua árabe.
A coreografia destas peças foi a extensão de um trabalho criativo sem precedentes de Mahmoud Redá. A forma musical deste gênero, com seus variados padrões rítmicos, deu a ele novas bases, pelas quais se expressar como coreógrafo. A qualidade estrófica das letras que acompanhavam a melodia, influenciaram sua escolha nas combinações de movimentos e nos desenhos espaciais.
Ele não tentou em absoluto nenhuma interpretação direta do imaginário, presente nos poemas, mas projetou em forma de dança o ânimo que cada poema evocava.”
Nota: essa pesquisa foi realizada para apresentação da matéria Criação Coreográfica do curso Técnico em ministrado no espaço Shiva Nataraj Danças e Práticas (http://www.shivanataraj.com.br/)
Passado o 1º Semestre começam os preparativos para a tradicional grande festa de final da escola onde dou aula (Nar Cia de Dança e Arte). Para mim, o semestre mais empolgante e excitante.
Todos os professores se reunem para acordar sobre o tema: esse ano "Danças no Mundo".
A sugestão é dada pela proprietária, que também dirige o espetáculo, mas sempre podemos dar outras idéias. O importante, é sempre dar "amarração" entre as danças para que não fiquem soltas, tornando o show "sem pé nem cabeça"
Tínhamos pensado em outra coisa, mas essa opção nos pareceu mais coerente, pois entre outros motivos, incluindo a "amarração", o intuito é não parecer que estamos fazendo a mesma coisa de outros anos, assim, quem assiste não terá a impressão de já ter visto aquilo antes.
Cada um deveria escolher qual país gostaria de representar através da dança. Também é nesse momento que optamos pela utilização de cenografia, iluminação e outros detalhes de palco. Dessa reunião resulta o orçamento do espetáculo.
Minhas escolhas: Turquia (snujs) e Rússia (Dança do Pavão).
A primeira, porque já venho estudando as bailarinas do lugar (conforme post anterior) e a segunda (pagando a língua de post anterior) por conta da utilização da técnica em ballet clássico pelas bailarinas daquele país.
Apesar das escolhas individuais, a intenção da reunião não é só acertar o tema, mas também trocar idéias e sugestões. Sim, sempre temos algo para compartilhar, mesmo que não seja sua modalidade, como por exemplo Jazz ou Dança de Salão.
Mas esse é apenas o começo. A partir de então, um longo e árduo trabalho começa na medida que temos prazos para entrega de músicas, figurinos e coreografias.
Diria que essa fase é das mais complicadas para mim, uma vez que tenho uma "discoteca" razoável o que torna a escolha das músicas um parto.
Me colocando como exemplo, ao escutar a música, já imagino o palco com a coreografia e figurino e isso deve vir espontaneamente.
Tenho escutado várias coisas, mas ainda não me decidi.
Passado tudo isso, virá a parte mais gostosa: o desenvolvimento coreográfico, mas isso é assunto para outro post.
De qualquer forma, como em todos os anos, a escola irá superar a qualidade visual e técnica, satisfazendo não só nós professores e alunos que participam, como também aqueles que nos assistem.
O primeiro semestre passou e eu sequer tive tempo de fazer um balanço do que aconteceu.
Nunca é tarde, né?
O começo do ano foi definitivamente a minha volta da licença maternidade. Meu corpo estava melhor, minha cabeça mais resolvida, o Enzo com uma rotina mais fácil.
Estava mais segura com minha dança (o que se mostrou ilusório meses depois), achava que podia fazer o que quissesse, estava me achando. Coitada.
Tinha certeza que era minha volta e que seria triunfal.
Advinha?
O que se seguiram foram sucessões de erros e equívocos que culminaram com a perda de alunas e negócios.
Meu rendimento como bailarina caiu, foi ficando penoso dar aula, nada funcionava. Me envolvi num projeto que não deu certo. Confiança zero.
Resolvi que precisava cuidar mais de mim e menos dos outros, voltei a estudar, percebi que precisava começar tudo de novo.
E foi assim que fechei o semestre com menos mas fiéis alunas, admiradoras de meu trabalho; com uma dança mil vezes melhor; com o corpo mais firme e de repostas mais rápidas, mais feliz com o mundo dançante, com novas parecerias e idéias.
No fim, fiz mais shows nesse semestre que durante todo o ano passado, o que, sem dúvida, ajudou a melhorar a qualidade de minha dança. A prática leva a perfeição.
Até ganhei o curso "Técnico em Dança" do Shiva Nataraj. Chique.
Entendi que nunca é tarde para amadurecer e aprender e que muitas vezes pensamos que o mundo está contra nós quando na verdade nós é que insistimos em rodar ao inverso.
Espero que o balanço do próximo semestre e consequentemente do ano tenha resultado bem mais positivo então, mãos à obra porque ele começou já faz 18 dias!
De verdade, está começando a me incomodar essa coisa de fusão, mistura, mix, etc... na dança do ventre.
Tenho visto só porcaria, nada que seja de fato resultado de estudo, nada relevante.
Separei alguns vídeos da mais "in" das fusões: o ballet clássico.
Esse com a música do "Lago dos Cisnes". Se aguentar, assista tudo:
Aqui eu não entendi se era Ballet com Dança do Ventgre ou Dança do Ventre com Ballet:
Aí tem a Sabah uma das precursssoras da fusão aqui falada:
Tudo bem ela tem técnica, fez um trabalho decente, reconheçamos.
Mas eu realmente não estou mais suportando essa hstória de misturar tudo. Adoraria ver de novo a dança do ventre atuando no papel principal e não como figurante.
Acho legal usar as outras danças como parte de um processo, usar as técnicas, ouvir as músicas, experimentar. Mas ponto.
Quando assitir um show de dança do ventre quero ver a bailarina dançando o que fui ver e não mostrando como sabe realizar piruetas e chasses. Se souber, que bom, desde que demonstre o quanto seus oitos e tremidos são bem realizados, pode até virar cambalhota que eu não ligo.
Mas a idade é impressa apenas no RG, pois enquanto ela dança, salvo se for muuuuito aparente, dificilmente você saberá qual sua real idade física/cronológica.
Mas também, e daí? O que importa isso?
Eu já me peguei várias vezes falando: "vida de bailarina, modelo e jogador de futebol é curta". Ledo engano.
A bailarina pode dançar aos 8 ou aos 80 que ainda assim será bailarina. Mesmo "mais velha" ainda pode fazer aulas ou dar aulas.
Dançar é uma atividade física como muitas outras, portanto o corpo precisa ter condições para praticá-la e ponto.
Obviamente que se você inicia seus estudos com "mais idade" a resposta do físico será mais lenta e a coordenação motora ficará mais difícil, mas nada impossível.
O que tenho reparado com relação à dança do ventre é que, apesar de grandes nomes da atualidade terem iniciado seus estudos mais cedo, a grande maioria não foi assim. Explico:
Sempre acreditei que para a dança do ventre, é preciso ter certa maturidade não só do corpo, mas da mente. Certamente é uma das atividades mais completas para a mulher, já que transforma não só o físico-mental, mas a vida. Daí porque algumas só procuram a dança depois de casada, com filhos e algumas até com netos.
Com o passar do tempo adquire mais técnicas, cria seu estilo e se torna confiante. O corpo muda (sim!) e a cabeça também.
Talvez você nem queira mais vestir figurinos ousados, mais decotados e cheios de lantejolas, pois pode ser que tenha voltado seu trabalho para uma dança mais consistente, filosófica e instrutiva.
Mas também pode ser que ainda queira usar tais trajes, e daí?
Você não precisa dançar em boates ou noites árabes para saber que é jovem, até porque, quando for mais "velha" pode ser que nem queira mais isso para você.
Da mesma forma, vejo muitas bailarinas maduras em constante atividade e ninguem, posso garantir, sabe quantos anos elas têm; e nem se importariam se soubessem.
Por isso, dance sempre seguindo seu coração e alma e não conceitos ou pessoas. Não se preocupe com o que vão "pensar de você" porque está mais velha ou "passada". Estude sempre, atualize-se e com certeza dará "mais caldo" que muitas jovenzinhas por aí.
Estou fazendo uma pesquisa sobre as bailarinas de dança do ventre turcas e tenho encontrado coisas bem interessantes (leia-se: para todos os gostos).
Encontrei uma variedade de bailarinas, mas o que mais chamou a atenção, mais que o estilo de dança, foram os figurinos. Mínimos eu diria.
Concentrei meus estudos numa bailarina mais antiga e em duas outras contemporâneas.
Voltando uns anos, mais precisamente nos anos 80, vemos a bailarina Princessa Banu, uma das mais famosas na Turquia e conhecida mundialmente.
Formou-se na escola egípcia, apesar de seus trajes estarem longe de serem egípcios.
Iniciou a carreria em 1976 quando se apresentava no restaurante turco Gallipoli, em Londres, famosos pelos banhos turcos. O local foi palco para várias bellydancers.
Sem dúvida, Pricessa Banu é uma performer, no mais puro sentido.
Com vocês, Pricessa Banu:
Entre as contemporâneas, Asena
Já fez apresentações na Alemanha, Suécia, Holanda e Áustria. Foi convidada para o concerto de Mick Jagger e para a festa de aniversário de Tina Turner e uma noite no palácio britânico com a Rainha Elisabeth. É mole?
Não. Ela dançou durante a visita do ex-presidente americano Bill Clinton à Turquia.
Asena é uma das mais populares dançarinas da Turquia, já que foi apresentadora de programas de televisão no horário nobre da TV turca.
Asena ajudou a elevar a imagem pública da Dança do Ventre com o povo turco, já que todos acreditavam que ela era uma artista e não apenas uma dançarina "barata". Sim, lá eles acham que as bailarinas são indecentes (sic).
Confiram, Asena:
A nova queridinha da cena turca é Didem, que foi por muitos anos dançarina destaque do programa de Ibrahim Tatlises (esse cantor merece um post a parte!).
Foi descoberta num concurso de dança em istambul ainda muito nova. Passou então a integrar o quadro de bailarinas do programa de Ibrahim, onde ficou até 2008.
Miss Didem:
Em minhas pesquisas descobri que o estilo turco é diferente do egípcio, entre outras razões, porque na Turquia não há restrições com roupas ou movimentos durante a dança, assim, tudo é muito livre, desinibido e brincalhão, como eles mesmos dizem.
É nítido o cuidado com a aparência: o corpo é em forma, o cabelo é impecável, a roupa é super bem feita e moderna.
Senti falta das famosas quedas turcas, só vi Pricessa Banu fazendo. Acho que é melhor não, né?
De qualquer forma, o estilo turco é definitivamente bastante diferente do que estamos acostumados a assistir e acreditar como correto, mas pelo que tenho visto nos vídeos e pesquisas, se não me engano tem gente aqui no Brasil fazendo um estilo bem parecido, não?
Eu mesma já fiz shows mais "à vontade" no que diz respeito à dança. Aliás, acho que são minhas melhores performances.
Estudar outros estilos e bailarinas só acrescenta e nos torna melhores, então, lembre-se que quando for estudar "coisas diferentes", esteja desprovida de preconceitos e indignações, pois pode ser que para eles (as) seu estilo não seja aceitável também..
Nada será como antes.
O minuto passado nunca será igual ao agora.
Os olhos não verão a mesma coisa duas vezes.
O gesto não será repetido.
As pessoas mudam.
A dança sempre se renova.
A mesma coroeografia é executada de diferentes maneiras.
Basta um movimento milimetricamente alterado para que ele não seja igual aquele feito anteriormente.
O passo nunca será aprendido do mesmo jeito.
O público se alterna.
A roupa, mesmo que seja a mesma da outra vez, veste diferente.
A maquiagem borra outras partes.
O corpo responde de outra forma.
Os ouvidos escutam na mesma música outras melodias.
Redescobrimos prazer nas coisas que sempre amamos fazer.
A alma se revigora com o amor dado em troca de nada.
Até o novo se renova.
E assim, a cada dia, vivemos no mesmo mundo, com modos e atitudes diferentes, com as mesmas pessoas, mesmo que elas se pareçam outras.
Seria tão chato se todo dia fosse sempre igual, não é Raul?
"Metamorfose Ambulante" - Raul Seixas
Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Eu quero dizer
Agora, o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
Eu vou lhe desdizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Dando continuidade a série "Belle Epoque", trago hoje entrevista-pocket com a super bailarina Karina Galasso.
Karina Galasso
Meu cabelo era: Mais liso que hoje, pois fazia coque todos os dias para o ballet.
Meu cabelo é: Complicado! rs. Não obedece com facilidade, mas com o passar dos anos aprendi a domá-lo.
Eu freqüentava balada árabe quando: Nunca! Não tinha idade pra ir pra balada e não podia dormir tarde, pois no dia seguinte tinha aula de ballet.
Eu freqüento balada árabe quando: Qdo tenho show na balada árabe.
Ballet Clássico era: Toda a minha vida, todos os meus dias, todos os meus pensamentos.
Ballet Clássico é: Perfeição em forma de dança. Adoro ensinar!
Fazer show de dança do ventre era: Suuuuuper divertido! Era engraçado, pois eu podia "rebolar"!!!! Que absurdo, no ballet não podia desencaixar o quadril!
Fazer show de dança do ventre é: Um momento de liberdade de expressão. Meu corpo fazendo o que ele tem vontade de fazer.
Meus figurino seram: Péssimos!!!! Mas eu era muito orgulhosa deles na época, pois era eu quem bordava pedrinha por pedrinha.
Meus figurinos são: Alguns românticos outros um pouco mais ousados, mas hoje, com uma qualidade incomparável.
Casar era: Fora de cogitação!!!! "Ainda vou dançar muito antes de pensar nisso!"
Casar é: MARAVILHOSO! Recomendo!
Khan El Khalili era: Um lugar que eu já ouvi falar que tem dança do ventre.
Khan El Khalili é: Um lugar onde posso dançar e sentir que a minha arte está sendo apreciada de verdade.
Quando eu dançava meu corpo respondia: Muuuito bem... e rápido! Nem precisava repetir. O corpo já entendeu!
Quando eu danço meu corpo responde: Definitivamente não é mais a mesma coisa, mas ele não me deixa passar vergonha, não!
Ser fisioterapeuta era: O meu futuro, a minha profissão, minha carreira.
Ser fisioterapeuta é: Difícil! Profissão pouco reconhecida e muito mal remunerada! Achei melhor dançar!
Dava aula porque: Era divertido! Encontrava toda semana com gente interessante que sempre tinha alguma coisa pra me ensinar e eu aproveitava para tb ensinar alguma coisa pra elas.
Dou aula porque: É divertido! Encontro toda semana com gente interessante que sempre tem alguma coisa pra me ensinar e eu aproveito para tb ensinar alguma coisa pra elas
Primeiro escolhe o tema, o que pode levar semanas.
Daí você vai atrás da música para o tema, uma não, várias. E não quer repitir.
Prepara a sequência, cheia de coisas novas e atuais. Sim, atuais! Porque ninguem quer aprender "coisas do passado".
Arruma a mala e vai....
Chega pelo menos 15 minutos antes do início, prepara a sala, conversa um pouco, coloca as fofocas em dia.
Olha na sala: cadê as alunas???
Ah tá, estão chegando....
Com o maior ânimo começa a dar o alongamento/aquecimento. Super gostoso....
Parte para o tema do dia, seja lá qual for. Por exemplo: oitos (para cima, para baixo, para frente, para trás). É coisa hein!?
Observa as alunas. As reações são das mais diversas: cara de dúvida, cara de alegria, cara de "ok", e a pior: cara de desprezo.
Dar aulas não é das atividades mais fáceis. Digo isso com propriedade de quem já exerceu os mais diversos tipos de profissões: bancária, estagiária, advogada, analista de mercado, secretária, etc...
Sigo um padrão de preparo desde que comecei a lecionar dança do ventre, como podem observar na descrição acima.
Não chego na sala sem saber o que vou dar, nunca! São dias de preparo, semanas. Muito estudo e dedicação. Aposto que isso não ocorre só comigo.
Mas tem dias que realmente nada funciona. Nada colabora.
Está tudo pronto, mas na prática o resultado nem sempre é positivo.
É desde aluna que não vai até som que não funciona. TPM gritando, professora surtando.
E tem sido assim comigo. Estou exausta. Cansada mesmo, tanto física quanto emocionalmente.
As aulas não têm rendido como antes, eu fico mais estressada, meu corpo dói; não durmo direito.
Antes eu falava: legal, hoje vou dar aula.
Hoje eu falo: putz, hoje dou aula....
Voltei a estudar/fazer aula para dar um ânimo e idéias para minhas aulas. Nem isso está adiantando...
Sinto que a insatisfação não é só minha, pois converso muito com outras profissionais. A dança do ventre vem mudando a cada dia com novas inserções ao estilo, novos rostos, novos "porques".
Quem procura a dança do ventre hoje são pessoas diferentes daquelas que procuravam na minha época. Elas querem outras coisas, seguem outros exemplos, dançam diferente, se envolvem de outra maneira.
Fazer o que? Ou você abraça a nova onda ou, definitivamente, vai remar contra a maré....
Mas espera aí! E tudo aquilo que acredita, suas filosofias, suas crenças enquanto profissional? Vai tudo para o lixo?
Já pensei em desistir, mas ainda não é a hora de pendurar as sapatilhas. Preciso me atualizar e mesclar os estilos para não perder minha identidade.
Vou continuar estudando e me aprimorando caso queira oferecer um trabalho à altura da concorrente, porque digno e verdadeiro ele já é!
E quem confiar e acreditar no meu trabalho que me siga, porque o resto, sinceramente, não me interessa mais.
Dona Macaca não se chamava Macaca. Ela se chamava Anta.
Dona Anta era uma pessoa tímida, reservada e só queria ficar quieta em seu canto comendo e observando. Sofria bulying dos outros animais, vivia triste e cansada, achando que nunca daria certo na vida.
Mas como todo bom animal que se preze, cansou de ficar nessa vida de mero espectador e resolveu virar o jogo. "Chega de sofrer! Chega de ser "zoada" e maltratada! Agora vai ser minha vez!"
Muito animada e entusiasmada lá se foi a Dona Anta correr atrás de seu prejuízo. Passou então a conviver com o Rei Leão.
Poderoso e muito respeitado, foi ele quem mostrou a ela todos os outros animais, seus modos e costumes, como viviam, o que vestiam, onde passeavam, etc. Ela gostou, lógico.
Era um outro mundo, diferente daquele que ela estava acostumada, lamacento e mal cheiroso. Esse era um mundo onde todos tinham status de mestres e cada um tinha seu espaço respeitado.
Um dia, Rei Leão apresentou a Dona Anta a Madame Gata. Ah que linda, esbelta, ela flutuava enquanto andava. Tudo nela era perfeito, nem precisava se esforçar muito. Dona Anta ficou maravilhada com tanta beleza.
A partir de então, Dona Anta começou a conhecer os outros: O Sr Tigre-Branco, o Mister Pavão, Miss Girafa, e todos os demais.
Sua admiração foi crescendo a cada dia por esses seres. Passou a frequentar o mesmo habitat, comer as mesmas comidas, dormir nos mesmos horários, uma loucura. Era como se estivesse começando a viver naquele momento, como se seu passado não existisse. Pois é....
Por conta disso, um belo dia se esqueceu quem era. Não se lembrava seu nome, não sabia de onde vinha, nem para onde ia. Só conhecia aquele mundo novo e seus novos "amigos".
"O que vou fazer????", pensou. Resolveu pedir ajuda ao Mestre Urso e foi então que ele lhe disse:
"Você tem frequentado nossas "rodas" com muito entusiasmo e assiduamente. Manifesta-se de maneira ruidosa quando um de nós fazemos o menor sinal ou gesto. Está sempre "pendurada" em um de nós. Lembrei-me agora de um antigo amigo meu que demonstrava seu amor da mesma forma e sugiro então que se chame como ele: Macaco. No seu caso será Dona Macaca, sobrenome Auditório".
E foi assim que Dona Anta se tornou Dona Macaca de Auditório, cuja vida é perseguir outros animais, sem se preocupar quem foi um dia; sem se preocupar com sua personalidade. Ela não sofre mais bullying, em compensação, será uma sombra daqueles que admira. Nunca será um deles e não se importa, desde que fique com eles.
Pergunta: adiantou Dona Anta se tornar Dona Macaca?
"Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já..."
Pablo Neruda
Meu marido foi.
Foi para Alemanha a trabalho e lá ficará por 6 meses.
Fiquei eu e o Enzo, de 1 ano e 7 meses.
Sentimos saudades, todos. Tanto quem foi, quanto quem fica.
É engraçado como a saudade nos transforma. Tráz à tona vários sentimentos escondidos, memórias, impressões; nos faz refletir sobre quem somos.
Eu sinto saudades antigas e atuais.
Eu sinto saudades antigas dos meus avós, da casa de minha avó Emília, da sacolinha verde que meu avô Jair trazia toda a sexta-feira à noite repleta de "bobagens", da escola e da perua escolar, do uniforme, do cheiro do meu lanche, de brincar com meus primos, de passar o Ano Novo em Itanhaém, do sítio em Guaxupé.
E sinto saudades atuais: do meu marido, de quando nos conhecemos, da minha gestação, do nascimento do Enzo, de quando eu ainda era só aluna de dança do ventre.
Mas a saudade dói no começo, dá melancolia, tristeza e às vezes até depressão; depois fica e amortece. Permanece lá, num cantinho e reaparece quando solicitada, como agora. No entanto, revitaliza a alma, nos transforma, cria novos ciclos, nos faz enxergar a vida de forma diferente.
E é ela que revigora o amor. Porque amor você sente e, como a saudade, ele fica lá, aguardando seu chamado.
Hoje, agora, meu amor pelas coisas antigas e atuais que falei está mais presente. Sinto mais, me emociono mais, estou mais viva. Amo ainda mais coisas que eu já amava.
Ontem à tarde escrevi várias coisas aqui no blog e deixei programadas as inserções. O que aconteceu?
O meu queridíssimo servidor Blogger veio e apagou tudinho. E não foi só comigo, vários companheiros blogueiros tiveram seus textos deletados.
Infelizmente (ou felizmente) escrevo conforme as situações aparecem, conforme minha mente trabalha, então não tenho rascunhos de meus textos.
Assim, enquanto eu não resolvo se vou processar o servidor por danos aos direitos autorais, gostaria que me ajudassem.
Qual tema é o mais urgente em termo de dança, cultura e arte?
Não vale os batidos do tipo: tipos de dança, tipos de música, tipos de roupa, tipos disso ou daquilo....
Vamos ser mais profundas, consistentes e filosóficas vai....
Tendo como referência a coluna "Vintage" da revista Serafina do Jornal Folha de São Paulo, resolvi compartilhar com vocês um pouco do perfil de pessoas ligadas à dança.
Para quem não conhece, a coluna faz um "pergunta-e-resposta" baseando-se em momentos passados e presentes.
Minha primeira convidada é a bailarina Dunia La Luna, pessoa que admiro, de quem fui aluna e divido minhas filosofias.
Espero que gostem!
Dunia la Luna:
Eu me vestia: Com pérolas, lantejoulas, saias rodadas e salto alto, pq era a moda, mas na K.K não podia! hahahaha !!!!
Eu me visto: Metais, rendas, tecidos diferentes, pés no chão pq eu prefiro!
Eu comia: muito chocolate, congelados pq nunca soube cozinhar!
Eu como: chocolate e comida de primeira pq casei com um chef de cozinha!
Eu bebia: Vinho, Vódka, Kurassau Blue, Martini o que combinasse com as minhas roupas de balada, hahahaa, lembra Nar?!
Eu bebo: Vinho, suco verde o mais natureba possível e não me importo que não combine com minhas roupas...
Música que embalava meu quadril: George Abdo, Omar Dieb, Ehab Taufk, La Nef, Dead Can Dance
Música que embala meu quadril: Solace, Beats Antique, La Nef, Dead Can Dance
Noite árabe era: Ir no Porta Aberta ver música ao vivo e Soraya Zayed
Noite árabe é: nenhuma.
Minhas alunas me procuravam por que: Porque eu era bailarina da Khan el Khalili, pq eu fazia tremidinho de barriga e tinha um quadrilzão!
Minhas alunas me procuram por que: Porque não sou da Khan el Khalili e tenho uma linha de trabalho direcionada ao Feminino e bem estar da mulher e pq eu tenho um quadrilzão!
Minha filosofia de vida era: Seguir as regras estabelecidas para estar no padrão exigido, com direito à algumas rebeldias!
Minha filosofia de vida é: Ser fiel primeiro a mim mesma, independente das regras ou padrões estabelecidos!
Eu tinha certeza que me tornaria: Uma psicóloga e dançarina do ventre!
Eu me tornei: Uma reeducadora da mulher, terapeuta da dança e dançarina do feminino!
Eu dançava para: Desafiar meus limites, para ter prazer, admiração, crescer e amadurecer!
Eu danço para: Disseminar o aspecto sagrado da vida, exercitar a criatividade, desafiar outros limites ligados às minhas verdades, me tornar mais mulher.
Era feliz por que: Me relacionava com amigas aos montes, morava sózinha, a liberdade era um fator muito presente e para uma solteira a gente sabe o que isso significa! hummm...
Sou feliz por que: Vivo de acordo com meus conceitos de vida saudável (para corpo e espírito!), constituí uma família que compreende e compartilha das minhas idéias de vida e pq hoje desfruto de uma liberdade de aceitar trabalhos que me satisfaçam não só financeiramente mas tb filosoficamente!
Eu sempre acho que já vi de tudo mesmo.....
Inclusive, esse eu achei que tinha visto mesmo, mas tenho impressão que é do mesmo casal que faz alguma coisa trash com a espada (isso mesmo que está pensando).
Mas não, esse é inédito para meus olhos.
E a culpa novamente não é minha. Dessa vez foi a Karina que compartilhou sua indignação.
Posso chamar de PornoBelly? Por que não? Afinal tem belly tudo hoje em dia, né?
"Meus idolos são aqueles que seguiram o caminho que quero percorrer e que tiveram o futuro que espero ter". João Henrique.
Eu tenho ídolos. Vários. Alguns admiro em tudo o que fazem, outros em algumas coisas.
Antes de dançar eu não tinha ídolos na dança. Mal sabia quem era quem.
Conforme eu me aproximei do mundo dançante, fui me identificando com alguns bailarinos e personalidades do meio.
Desses, metade não dançam mais, outros tantos já não me interesam como antes e alguns ainda são ícones para mim.
Além desses, como meu interesse pela dança é crescente, de modo que vivo pesquisando e fuçando sobre o assunto, frequento os lugares, assisto shows, etc, novas pessoas acabam despertando meu interesse.
Durante minha fase aluna, sempre fiz aula com quem me identificava. Acabou que eu fiz quase todo meu percurso com a mesma professora.
Fazia aula com ela porque admirava seu trabalho, sua postura profissional, seu jeito de lidar com as adversidades do mundo artístico (que não são poucas), a forma como conduzia a aula.
Me espelhei nela durante toda minha formação.
À parte, fiz aulas com outros professores, que também admiro muito, a fim de agregar repertório, técnicas e outras qualidades.
Dessa forma, não fiquei a "cara" dessa ou daquela pessoa. Me tornei um indivíduo na dança. Todos aqueles que me ajudaram a trilhar meu caminho, hoje fazem parte de mim. Eu tenho todos eles em mim.
Quero deixar bem claro que não parei de estudá-los. Pelo contrário. Ainda estudo e pretendo continuar a estudar por muito tempo. Tenho outros ídolos com os quais ainda não tive oportunidade de aprender.
Por isso, se você tem um ídolo, alguem que admira ou busca imitar, corra trás dele. Faça aulas com ele, assita os shows, pesquise, sugue.
Mas lembre-se: você nunca será ele. Nem queira, eu sou muito mais você.
Outra coisa: nunca esqueça de onde você veio. Seja humilde, solidária, ética. Quem sabe um dia você não se torna ídolo de alguem?
Lembram disso né?
O clima de mal estar gerado pela absoluta falta de educação da pessoa em questão foi tamanho que eu sequer fui buscar a roupa. Pedi para retirarem para mim.
Querem saber como ficou? A costura é mal feita, não existe acabamento, não há capricho, não há design, a roupa não tem vida. Mas tudo isso já era de se esperar.
Usei a roupa assim mesmo e serei obrigada a usá-la outras vezes. Passado isso, estará a venda...Alguem se interessa?
Encontrei a "dita" no Mercado Persa. Trocamos olhares e foi só, aliás, e foi muito.
Esse assunto será encerrado com esse post, porque, acreditem se quiserem, ainda fui chamada de louca e exagerada por algumas pessoas. Que não é bem assim, coitada, etc...
Também não citarei o nome, afinal, o intuito do blog não é ser Revista Contigo, mas um espaço onde narrarei minhas "aventuras" no mundo da dança.
Espero que a história tenha servido de alerta para você que consome, em especial nesse meio, e não seja vítima de situações embaraçosas como essa.