Aqui tem

Ju Sobral

Blog com informações, dicas e atualidades sobre a dança do ventre, Voltado para alunas, profissionais e curiosos

Tuesday, June 28, 2011

Ainda falando em fusão

De verdade, está começando a me incomodar essa coisa de fusão, mistura, mix, etc... na dança do ventre.
Tenho visto só porcaria, nada que seja de fato resultado de estudo, nada relevante.
Separei alguns vídeos da mais "in" das fusões: o ballet clássico.

Esse com a música do "Lago dos Cisnes". Se aguentar, assista tudo:




Aqui eu não entendi se era Ballet com Dança do Ventgre ou Dança do Ventre com Ballet:





Aí tem a Sabah uma das precursssoras da fusão aqui falada:




Tudo bem ela tem técnica, fez um trabalho decente, reconheçamos.

Mas eu realmente não estou mais suportando essa hstória de misturar tudo. Adoraria ver de novo a dança do ventre atuando no papel principal e não como figurante.
Acho legal usar as outras danças como parte de um processo, usar as técnicas, ouvir as músicas, experimentar. Mas ponto.
Quando assitir um show de dança do ventre quero ver a bailarina dançando o que fui ver e não mostrando como sabe realizar piruetas e chasses. Se souber, que bom, desde que demonstre o quanto seus oitos e tremidos são bem realizados, pode até virar cambalhota que eu não ligo.

Monday, June 27, 2011

A Idade da Bailarina


Bailarina tem idade?
Tem, e as vezes, "várias idades".
Mas a idade é impressa apenas no RG, pois enquanto ela dança, salvo se for muuuuito aparente, dificilmente você saberá qual sua real idade física/cronológica.
Mas também, e daí? O que importa isso?
Eu já me peguei várias vezes falando: "vida de bailarina, modelo e jogador de futebol é curta". Ledo engano.
A bailarina pode dançar aos 8 ou aos 80 que ainda assim será bailarina. Mesmo "mais velha" ainda pode fazer aulas ou dar aulas.
Dançar é uma atividade física como muitas outras, portanto o corpo precisa ter condições para praticá-la e ponto.
Obviamente que se você inicia seus estudos com "mais idade" a resposta do físico será mais lenta e a coordenação motora ficará mais difícil, mas nada impossível.
O que tenho reparado com relação à dança do ventre é que, apesar de grandes nomes da atualidade terem iniciado seus estudos mais cedo, a grande maioria não foi assim. Explico:
Sempre acreditei que para a dança do ventre, é preciso ter certa maturidade não só do corpo, mas da mente. Certamente é uma das atividades mais completas para a mulher, já que transforma não só o físico-mental, mas a vida. Daí porque algumas só procuram a dança depois de casada, com filhos e algumas até com netos. 
Com o passar do tempo adquire mais técnicas, cria seu estilo e se torna confiante. O corpo muda (sim!) e a cabeça também.
Talvez você nem queira mais vestir figurinos ousados, mais decotados e cheios de lantejolas, pois pode ser que tenha voltado seu trabalho para uma dança mais consistente, filosófica e instrutiva.
Mas também pode ser que ainda queira usar tais trajes, e daí?
Você não precisa dançar em boates ou noites árabes para saber que é jovem, até porque, quando for mais "velha" pode ser que nem queira mais isso para você.
Da mesma forma, vejo muitas bailarinas maduras em constante atividade e ninguem, posso garantir, sabe quantos anos elas têm; e nem se importariam se soubessem.
Por isso, dance sempre seguindo seu coração e alma e não conceitos ou pessoas. Não se preocupe com o que vão "pensar de você" porque está mais velha ou "passada". Estude sempre, atualize-se e com certeza dará "mais caldo" que muitas jovenzinhas por aí.

Monday, June 20, 2011

Ousadia Turca


Estou fazendo uma pesquisa sobre as bailarinas de dança do ventre turcas e tenho encontrado coisas bem interessantes (leia-se: para todos os gostos).
Encontrei uma variedade de bailarinas, mas o que mais chamou a atenção, mais que o estilo de dança, foram os figurinos. Mínimos eu diria.
Concentrei meus estudos numa bailarina mais antiga e em duas outras contemporâneas.
Voltando uns anos, mais precisamente nos anos 80, vemos a bailarina Princessa Banu, uma das mais famosas na Turquia e conhecida mundialmente.
Formou-se na escola egípcia, apesar de seus trajes estarem longe de serem egípcios.
Iniciou a carreria em 1976 quando se apresentava no restaurante turco Gallipoli, em Londres, famosos pelos banhos turcos. O local foi palco para várias bellydancers.
Sem dúvida, Pricessa Banu é uma performer, no mais puro sentido.

Com vocês, Pricessa Banu:



Entre as contemporâneas, Asena
Já fez apresentações na Alemanha, Suécia, Holanda e Áustria. Foi convidada para o concerto de Mick Jagger e para a festa de aniversário de Tina Turner e uma noite no palácio britânico com a Rainha Elisabeth. É mole?
Não. Ela dançou durante a visita do ex-presidente americano Bill Clinton à Turquia.
Asena é uma das mais populares dançarinas da Turquia, já que foi apresentadora de programas de televisão no horário nobre da TV turca.
Asena ajudou a elevar a imagem pública da Dança do Ventre com o povo turco, já que todos acreditavam que ela era uma artista e não apenas uma dançarina "barata". Sim, lá eles acham que as bailarinas são indecentes (sic).


Confiram, Asena:


A nova queridinha da cena turca é Didem, que foi por muitos anos dançarina destaque do programa de Ibrahim Tatlises (esse cantor merece um post a parte!).


Foi descoberta num concurso de dança em istambul ainda muito nova. Passou então a integrar o quadro de bailarinas do programa de Ibrahim, onde ficou até 2008.


Miss Didem:




Em minhas pesquisas descobri que o estilo turco é diferente do egípcio, entre outras razões, porque na Turquia não há restrições com roupas ou movimentos durante a dança, assim, tudo é muito livre, desinibido e brincalhão, como eles mesmos dizem.
É nítido o cuidado com a aparência: o corpo é em forma, o cabelo é impecável, a roupa é super bem feita e moderna.
Senti falta das famosas quedas turcas, só vi Pricessa Banu fazendo. Acho que é melhor não, né?
De qualquer forma, o estilo turco é definitivamente bastante diferente do que estamos acostumados a assistir e acreditar como correto, mas pelo que tenho visto nos vídeos e pesquisas, se não me engano tem gente aqui no Brasil fazendo um estilo bem parecido, não?
Eu mesma já fiz shows mais "à vontade" no que diz respeito à dança. Aliás, acho que são minhas melhores performances.
Estudar outros estilos e bailarinas só acrescenta e nos torna melhores, então, lembre-se que quando for estudar "coisas diferentes", esteja desprovida de preconceitos e indignações, pois pode ser que para eles (as) seu estilo não seja aceitável também..

Friday, June 10, 2011

Metamorfose

Nada será como antes.
O minuto passado nunca será igual ao agora.
Os olhos não verão a mesma coisa duas vezes.
O gesto não será repetido.
As pessoas mudam.
A dança sempre se renova.
A mesma coroeografia é executada de diferentes maneiras.
Basta um movimento milimetricamente alterado para que ele não seja igual aquele feito anteriormente.
O passo nunca será aprendido do mesmo jeito.
O público se alterna.
A roupa, mesmo que seja a mesma da outra vez, veste diferente.
A maquiagem borra outras partes.
O corpo responde de outra forma.
Os ouvidos escutam na mesma música outras melodias.
Redescobrimos prazer nas coisas que sempre amamos fazer.
A alma se revigora com o amor dado em troca de nada.
Até o novo se renova.
E assim, a cada dia, vivemos no mesmo mundo, com modos e atitudes diferentes, com as mesmas pessoas, mesmo que elas se pareçam outras.
Seria tão chato se todo dia fosse sempre igual, não é Raul?

"Metamorfose Ambulante" - Raul Seixas

Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Eu quero dizer
Agora, o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou

Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor

Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator

É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou

Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor

Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator

Eu vou lhe desdizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Monday, June 06, 2011

Belle Epoque - Karina Galasso

Dando continuidade a série "Belle Epoque", trago hoje entrevista-pocket com a super bailarina Karina Galasso.

Karina Galasso


 
Meu cabelo era: Mais liso que hoje, pois fazia coque todos os dias para o ballet.
Meu cabelo é: Complicado! rs. Não obedece com facilidade, mas com o passar dos anos aprendi a domá-lo.

Eu freqüentava balada árabe quando: Nunca! Não tinha idade pra ir pra balada e não podia dormir tarde, pois no dia seguinte tinha aula de ballet.
Eu freqüento balada árabe quando: Qdo tenho show na balada árabe.

Ballet Clássico era: Toda a minha vida, todos os meus dias, todos os meus pensamentos.
Ballet Clássico é: Perfeição em forma de dança. Adoro ensinar!

Fazer show de dança do ventre era: Suuuuuper divertido! Era engraçado, pois eu podia "rebolar"!!!!  Que absurdo, no ballet não podia desencaixar o quadril!
Fazer show de dança do ventre é: Um momento de liberdade de expressão. Meu corpo fazendo o que ele tem vontade de fazer.

Meus figurino seram: Péssimos!!!! Mas eu era muito orgulhosa deles na época, pois era eu quem bordava pedrinha por pedrinha.
Meus figurinos são: Alguns românticos outros um pouco mais ousados, mas hoje, com uma qualidade incomparável.

Casar era: Fora de cogitação!!!! "Ainda vou dançar muito antes de pensar nisso!"
Casar é: MARAVILHOSO! Recomendo!

Khan El Khalili era: Um lugar que eu já ouvi falar que tem dança do ventre.
Khan El Khalili é: Um lugar onde posso dançar e sentir que a minha arte está sendo apreciada de verdade.

Quando eu dançava meu corpo respondia: Muuuito bem... e rápido! Nem precisava repetir. O corpo já entendeu!
Quando eu danço meu corpo responde: Definitivamente não é mais a mesma coisa, mas ele não me deixa passar vergonha, não!

Ser fisioterapeuta era: O meu futuro, a minha profissão, minha carreira.
Ser fisioterapeuta é: Difícil! Profissão pouco reconhecida e muito mal remunerada! Achei melhor dançar!

Dava aula porque: Era divertido! Encontrava toda semana com gente interessante que sempre tinha alguma coisa pra me ensinar e eu aproveitava para tb ensinar alguma coisa pra elas.
Dou aula porque: É divertido! Encontro toda semana com gente interessante que sempre tem alguma coisa pra me ensinar e eu aproveito para tb ensinar alguma coisa pra elas


1996/2011



Karina Galasso
ww.karinagalasso.com.br
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...