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Ju Sobral

Blog com informações, dicas e atualidades sobre a dança do ventre, Voltado para alunas, profissionais e curiosos

Monday, May 30, 2011

A Arte de Ensinar e outras questões


Ai como é difícil, meu Deus!
Primeiro escolhe o tema, o que pode levar semanas.
Daí você vai atrás da música para o tema, uma não, várias. E não quer repitir.
Prepara a sequência, cheia de coisas novas e atuais. Sim, atuais! Porque ninguem quer aprender "coisas do passado".
Arruma a mala e vai....
Chega pelo menos 15 minutos antes do início, prepara a sala, conversa um pouco, coloca as fofocas em dia.
Olha na sala: cadê as alunas???
Ah tá, estão chegando....
Com o maior ânimo começa a dar o alongamento/aquecimento. Super gostoso....
Parte para o tema do dia, seja lá qual for. Por exemplo: oitos (para cima, para baixo, para frente, para trás). É coisa hein!?
Observa as alunas. As reações são das mais diversas: cara de dúvida, cara de alegria, cara de "ok", e a pior: cara de desprezo.
Dar aulas não é das atividades mais fáceis. Digo isso com propriedade de quem já exerceu os mais diversos tipos de profissões: bancária, estagiária, advogada, analista de mercado, secretária, etc...
Sigo um padrão de preparo desde que comecei a lecionar dança do ventre, como podem observar na descrição acima.
Não chego na sala sem saber o que vou dar, nunca! São dias de preparo, semanas. Muito estudo e dedicação. Aposto que isso não ocorre só comigo.
Mas tem dias que realmente nada funciona. Nada colabora.
Está tudo pronto, mas na prática o resultado nem sempre é positivo.
É desde aluna que não vai até som que não funciona. TPM gritando, professora surtando.
E tem sido assim comigo. Estou exausta. Cansada mesmo, tanto física quanto emocionalmente.
As aulas não têm rendido como antes, eu fico mais estressada, meu corpo dói; não durmo direito.
Antes eu falava: legal, hoje vou dar aula.
Hoje eu falo: putz, hoje dou aula....
Voltei a estudar/fazer aula para dar um ânimo e idéias para minhas aulas. Nem isso está adiantando...
Sinto que a insatisfação não é só minha, pois converso muito com outras profissionais. A dança do ventre vem mudando a cada dia com novas inserções ao estilo, novos rostos, novos "porques".
Quem procura a dança do ventre hoje são pessoas diferentes daquelas que procuravam na minha época. Elas querem outras coisas, seguem outros exemplos, dançam diferente, se envolvem de outra maneira.
Fazer o que? Ou você abraça a nova onda ou, definitivamente, vai remar contra a maré....
Mas espera aí! E tudo aquilo que acredita, suas filosofias, suas crenças enquanto profissional? Vai tudo para o lixo?
Já pensei em desistir, mas ainda não é a hora de pendurar as sapatilhas. Preciso me atualizar e mesclar os estilos para não perder minha identidade.
Vou continuar estudando e me aprimorando caso queira oferecer um trabalho à altura da concorrente, porque digno e verdadeiro ele já é!
E quem confiar e acreditar no meu trabalho que me siga, porque o resto, sinceramente, não me interessa mais.

Monday, May 23, 2011

A Fábula da Macaca

Dona Macaca não se chamava Macaca. Ela se chamava Anta.
Dona Anta era uma pessoa tímida, reservada e só queria ficar quieta em seu canto comendo e observando. Sofria bulying dos outros animais, vivia triste e cansada, achando que nunca daria certo na vida.
Mas como todo bom animal que se preze, cansou de ficar nessa vida de mero espectador e resolveu virar o jogo. "Chega de sofrer! Chega de ser "zoada" e maltratada! Agora vai ser minha vez!"
Muito animada e entusiasmada lá se foi a Dona Anta correr atrás de seu prejuízo. Passou então a conviver com o Rei Leão.
Poderoso e muito respeitado, foi ele quem mostrou a ela todos os outros animais, seus modos e costumes, como viviam, o que vestiam, onde passeavam, etc. Ela gostou, lógico.
Era um outro mundo, diferente daquele que ela estava acostumada, lamacento e mal cheiroso. Esse era um mundo onde todos tinham status de mestres e cada um tinha seu espaço respeitado.
Um dia, Rei Leão apresentou a Dona Anta a Madame Gata. Ah que linda, esbelta, ela flutuava enquanto andava. Tudo nela era perfeito, nem precisava se esforçar muito. Dona Anta ficou maravilhada com tanta beleza.
A partir de então, Dona Anta começou a conhecer os outros: O Sr Tigre-Branco, o Mister Pavão, Miss Girafa, e todos os demais.
Sua admiração foi crescendo a cada dia por esses seres. Passou a frequentar o mesmo habitat, comer as mesmas comidas, dormir nos mesmos horários, uma loucura. Era como se estivesse começando a viver naquele momento, como se seu passado não existisse. Pois é....
Por conta disso, um belo dia se esqueceu quem era. Não se lembrava seu nome, não sabia de onde vinha, nem para onde ia. Só conhecia aquele mundo novo e seus  novos "amigos".
"O que vou fazer????", pensou. Resolveu pedir ajuda ao Mestre Urso e foi então que ele lhe disse:
"Você tem frequentado nossas "rodas" com muito entusiasmo e assiduamente. Manifesta-se de maneira ruidosa quando um de nós fazemos o menor sinal ou gesto. Está sempre "pendurada" em um de nós. Lembrei-me agora de um antigo amigo meu que demonstrava seu amor da mesma forma e sugiro então que se chame como ele: Macaco. No seu caso será Dona Macaca, sobrenome Auditório".
E foi assim que Dona Anta se tornou Dona Macaca de Auditório, cuja vida é perseguir outros animais, sem se preocupar quem foi um dia; sem se preocupar com sua personalidade. Ela não sofre mais bullying, em compensação, será uma sombra daqueles que admira. Nunca será um deles e não se importa, desde que fique com eles.
Pergunta: adiantou Dona Anta se tornar Dona Macaca?

Tuesday, May 17, 2011

Saudades

"Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já..."
Pablo Neruda


Meu marido foi.
Foi para Alemanha a trabalho e lá ficará por 6 meses.
Fiquei eu e o Enzo, de 1 ano e 7 meses.
Sentimos saudades, todos. Tanto quem foi, quanto quem fica.
É engraçado como a saudade nos transforma. Tráz à tona vários sentimentos escondidos, memórias, impressões; nos faz refletir sobre quem somos.
Eu sinto saudades antigas e atuais.
Eu sinto saudades antigas dos meus avós, da casa de minha avó Emília, da sacolinha verde que meu avô Jair trazia toda a sexta-feira à noite repleta de "bobagens", da escola e da perua escolar, do uniforme, do cheiro do meu lanche, de brincar com meus primos, de passar o Ano Novo em Itanhaém, do sítio em Guaxupé.
E sinto saudades atuais: do meu marido, de quando nos conhecemos, da minha gestação, do nascimento do Enzo, de quando eu ainda era só aluna de dança do ventre.
Mas a saudade dói no começo, dá melancolia, tristeza e às vezes até depressão; depois fica e amortece. Permanece lá, num cantinho e reaparece quando solicitada, como agora. No entanto, revitaliza a alma, nos transforma, cria novos ciclos, nos faz enxergar a vida de forma diferente.
E é ela que revigora o amor. Porque amor você sente e, como a saudade, ele fica lá, aguardando seu chamado.
Hoje, agora, meu amor pelas coisas antigas e atuais que falei está mais presente. Sinto mais, me emociono mais, estou mais viva. Amo ainda mais coisas que eu já amava.

Eu te amo



Friday, May 13, 2011

Problemas no Blogger

Gente amiga

Ontem à tarde escrevi várias coisas aqui no blog e deixei programadas as inserções. O que aconteceu?
O meu queridíssimo servidor Blogger veio e apagou tudinho. E não foi só comigo, vários companheiros blogueiros tiveram seus textos deletados.
Infelizmente (ou felizmente) escrevo conforme as situações aparecem, conforme minha mente trabalha, então não tenho rascunhos de meus textos.
Assim, enquanto eu não resolvo se vou processar o servidor por danos aos direitos autorais, gostaria que me ajudassem.
Qual tema é o mais urgente em termo de dança, cultura e arte?
Não vale os batidos do tipo: tipos de dança, tipos de música, tipos de roupa, tipos disso ou daquilo....
Vamos ser mais profundas, consistentes e filosóficas vai....

Aguardo.....

Monday, May 09, 2011

Belle Époque - Dunia La Luna



Tendo como referência a coluna "Vintage" da revista Serafina do Jornal Folha de São Paulo, resolvi compartilhar com vocês um pouco do perfil de pessoas ligadas à dança.
Para quem não conhece, a coluna faz um "pergunta-e-resposta" baseando-se em momentos passados e presentes.
Minha primeira convidada é a bailarina Dunia La Luna, pessoa que admiro, de quem fui aluna e divido minhas filosofias.
Espero que gostem!

Dunia la Luna:

Eu me vestia: Com pérolas, lantejoulas, saias rodadas e salto alto, pq era a moda, mas na K.K não podia! hahahaha !!!!
Eu me visto: Metais, rendas, tecidos diferentes, pés no chão pq eu prefiro!
Eu comia: muito chocolate, congelados pq nunca soube cozinhar!
Eu como: chocolate e comida de primeira pq casei com um chef de cozinha!
Eu bebia: Vinho, Vódka, Kurassau Blue, Martini o que combinasse com as minhas roupas de balada, hahahaa, lembra Nar?!
Eu bebo: Vinho, suco verde o mais natureba possível e não me importo que não combine com minhas roupas...
Música que embalava meu quadril: George Abdo, Omar Dieb, Ehab Taufk, La Nef, Dead Can Dance
Música que embala meu quadril: Solace, Beats Antique, La Nef, Dead Can Dance
Noite árabe era: Ir no Porta Aberta ver música ao vivo e Soraya Zayed
Noite árabe é: nenhuma.

Minhas alunas me procuravam por que: Porque eu era bailarina da Khan el Khalili, pq eu fazia tremidinho de barriga e tinha um quadrilzão!
Minhas alunas me procuram por que: Porque não sou da Khan el Khalili e tenho uma linha de trabalho direcionada ao Feminino e bem estar da mulher e pq eu tenho um quadrilzão!

Minha filosofia de vida era: Seguir as regras estabelecidas para estar no padrão exigido, com direito à algumas rebeldias!
Minha filosofia de vida é: Ser fiel primeiro a mim mesma, independente das regras ou padrões estabelecidos!


Eu tinha certeza que me tornaria: Uma psicóloga e dançarina do ventre!
Eu me tornei: Uma reeducadora da mulher, terapeuta da dança e dançarina do feminino!
Eu dançava para: Desafiar meus limites, para ter prazer, admiração, crescer e amadurecer!
Eu danço para: Disseminar o aspecto sagrado da vida, exercitar a criatividade, desafiar outros limites ligados às minhas verdades, me tornar mais mulher.
Era feliz por que: Me relacionava com amigas aos montes, morava sózinha, a liberdade era um fator muito presente e para uma solteira a gente sabe o que isso significa! hummm...
Sou feliz por que: Vivo de acordo com meus conceitos de vida saudável (para corpo e espírito!), constituí uma família que compreende e compartilha das minhas idéias de vida e pq hoje desfruto de uma liberdade de aceitar trabalhos que me satisfaçam não só financeiramente mas tb filosoficamente!



Contato e informações:

Wednesday, May 04, 2011

Socorro!




Eu sempre acho que já vi de tudo mesmo.....
Inclusive, esse eu achei que tinha visto mesmo, mas tenho impressão que é do mesmo casal que faz alguma coisa trash com a espada (isso mesmo que está pensando).
Mas não, esse é inédito para meus olhos.
E a culpa novamente não é minha. Dessa vez foi a Karina que compartilhou sua indignação.
Posso chamar de PornoBelly? Por que não? Afinal tem belly tudo hoje em dia, né?





Será que meu marido topa uma dessa?
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