Finalmente, para deleite de uns e nem tanto de outros, a Rede Globo resolveu reprisar em seu "Vale a pena ver de novo" o folhetim "O Clone".
Na época da novela eu ainda não praticava a dança do ventre, mas sentia o frison que ela causava. Todo mundo queria dançar como a Jade (personagem de Giovana Antoneli) e repitia os jargões lanaçados à época: "vai arder no mármore do inferno", "é brinquedo não", "cada mergulho é um flash" e por aí vai.
Comecei a dança logo após o término da novela, mas ainda assim havia reflexos nas academias e companhias de dança.
Passado o tempo, depois dos "cinco minutos de fama", o que se viu foram escolas fechando, diminuição nas escalas de shows, noites árabes desaparecendo e alunas idem.
Mas será que foi só porque a novela acabou? Não acredito.
A dança do ventre ainda provoca interesse em várias pessoas, é admirada quando apresentada em festas e eventos, todo mundo quer ser "odalisca" nem que seja um dia.
Infelizmente, no meu ponto de vista, o que se perdeu foi a qualidade, a dignidade e a verdadeira razão da dança. Enquanto todo mundo queria dançar como a Jade, milhares de bailarinas-professoras formadas do dia para a noite foram surgindo, sem o menor critério, sem o menor cuidado com o ensino.
Agora, aproveitando novamente essa que pode ser considerada a segunda e última chance, o que se espera é mais primor, mais estudo, mais dedicação e, além de tudo isso, mais infra estrutura, mais organização e melhor administração para que não sejamos jogadas ao vento.....
Eu acredito!
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