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Ju Sobral
Blog com informações, dicas e atualidades sobre a dança do ventre, Voltado para alunas, profissionais e curiosos
Wednesday, July 19, 2017
Thursday, December 01, 2016
Pensamento do Mês
"Não espere por NADA, mas se prepare para TUDO.
Essa é a minha receita para se viver uma vida com coragem."
Osho
*Osho: Rajneesh Chandra Mohan Jain, foi líder religioso de uma seita de tradições dármicas, mestre na arte da meditação e do despertar da consciência.
Friday, November 18, 2016
A Bailarina se torna Mãe (novamente)
Eu já compartilhei aqui minha experiência sobre ser mãe e conciliar esse novo universo no meu mundo profissional e pessoal aqui
Beijo e até a próxima
Ju
Hoje, 7 anos depois, mais velha, com mais experiência no trabalho e outras vivências, novas reflexões e pensamentos tomam conta de mim.
Estou vivendo minha segunda gestação, dessa vez mais o menos planejada, e absolutamente diferente da primeira.
Como a proposta do Blog não é tratar de gestação, então vou me atentar a assuntos relacionados a minha profissão aproveitando o momento para escrever meus pensamentos sobre gestar e trabalhar.
Dança do Ventre, como todos sabem, tem um Universo basicamente feminino (digo isso pois muitos meninos têm se interessado em fazer parte dele), então, podemos concluir que tudo o que for relacionado a esse mundo será sempre bem vindo e aceito por todas as pessoas.
Ledo engano...
Minha cabeça tem girado em torno de pensamentos como:
- Ninguém quer fazer aula com gestante;
- Ninguém contrata gestante para show (sabia que um chá de bebe fica super bacana com uma bailarina grávida dançando?);
- Quando eu parar de dar aula para ficar com meu bebe recém-nascido será que vou conseguir retornar há tempo de ter meu lugar garantido?
- Será que meus alunos estarão lá quando eu voltar?
E daí: Poxa, eu trabalho basicamente com e para mulheres, vivo em torno de mulheres, mas, apesar de ser bem recebida e ter apoio, com relação ao trabalho, muitas dúvida pairam no ar.
Durante minha primeira gestação eu não refleti muito sobre o assunto, na verdade eu tinha pouco tempo para isso, e também não estava inserida no mercado como estou hoje.
E acredito que essas reflexões não permeiam somente as cabecinhas enlouquecidas das grávidas, mas também de mulheres que sonham e querem a maternidade mas pensam em todas essas questões e acabam empurrando a realização para frente, e para frente....
Eu que pensei que somente mulheres que trabalham no mundo corporativo tinham esse "problema". Ledo engano, meu...
De certa forma, se você trabalha no corporativo, com carteira assinada e tals, no mínimo, terá garantida através de estabilidade seu retorno à função.
Não, não. Não vamos discutir isso aqui. Lembre-se: sua profissão é escolha sua. Eu escolhi ser Bailarina e Professora de Dança do Ventre.
Sim, sim. Existem meios de tornar mais segura e estável nossa profissão. Você pode se inscrever no MEI, por exemplo. Recolher o INSS e garantir remuneração no período.
Tudo bem. Mas e os alunos? E o local onde você trabalha? E o mercado? Se não temos alunos, local para trabalhar e não estamos no mercado (as vezes basta um mês fora do facebook e BOOM - quer ver?). Ser autônomo é isso. Trabalha - ganha. Não trabalha - não ganha.
No fundo, o que mais me deixa melancólica é que faltam oportunidades para a mulher gestante. Falta confiança no trabalho dela. Falta segurança profissional.
E quer saber? Podemos mudar esse paradigma!
- Ninguém quer fazer aula com gestante: Você sabia que durante a gestação é possível dançar quase tudo e que, por exemplo, muitas vezes aquela profissional que executava poucos movimentos lentos e redondos, agora os executa com primazia?
- Ninguém contrata gestante para show: Sabia que um chá de bebe fica super bacana com uma bailarina grávida dançando?
- Quando eu parar de dar aula para ficar com meu bebe recém-nascido será que vou conseguir retornar há tempo de ter meu lugar garantido? Depois que o bebe nascer tudo pode acontecer. E se o lugar ou lugares onde trabalhava te substituírem, logo arrumará outro para exercer seu trabalho. Não desista!
- Será que meus alunos estarão lá quando eu voltar? O mercado anda sazonal mesmo. Eu, por exemplo, tenho alunos novos e poucos antigos. Eu amo todos e agradeço muito a eles, mas eles não são "meus" - não nesse sentido de posse - se você faz um trabalho bem feito e com amor, eles estarão lá. E se não estiverem, voltarão. E se não voltarem, tudo bem também. Segue o jogo.
Mulher, quer ser mãe, seja. Não coloque tudo no papel. Gestar não é racional, é emocional.
E se seu médico permitir: Dance! Sempre!
*Eu, dançando grávida do Enzo, em julho de 2009 durante festa da Nar Cia de Dança e Arte no Alibabar Itaim.
Beijo e até a próxima
Ju
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Thursday, September 01, 2016
Pensamento do Mês
"Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo."
Oscar Wilde*
*Oscar Wilde (1854-1900) foi um dramaturgo, escritor e poeta irlandês. Expoente da literatura inglesa durante o Período Vitoriano, sofreu enormes problemas por sua condição homossexual, sendo preso e humilhado perante a sociedade.
Thursday, August 18, 2016
Reflita: O quanto você admira seu/sua Professor (a) de Dança?
Enquanto eu fui aluna regular de Dança do Ventre eu era exemplar. Sem modéstia.
Não faltava.
Prestava atenção.
Estudava.
E mais: admirava meus professores.
Fazia aula não só porque gostava deles, mas também porque os tinha como espelho e inspiração para a construção de minha dança.
Cada movimento, cada passo, o modo como agiam, se colocavam no mercado e até mesmo de como se vestiam tinham grande influência sobre mim.
Na minha época não haviam redes sociais, então eu ficava de olho nos sites, ia a apresentações, olhava o mural da escola. Queria saber de tudo. Era interessada.
Ainda hoje, quando vou a workshops ou estudo com determinados profissionais, sou assim.
Se fui ao curso ou se marquei aulas com determinada pessoa é porque, acima de tudo, tenho o mesmo como referência.
Hoje, observo que as coisas mudaram...
A concorrência é muito maior, no que diz respeito a estilo, técnica, didática e por que não dizer: preço. Tem para todos os gostos.
Pergunta-se:
O que você procura no/na seu/sua Professor (a)?
Quais qualidades ele ou ela deve ter para que você se interesse não só no aprendizado, mas nele?
Que tipo de profissional te inspira?
Beijo
Ju
"A Aula de Dança" (1873-75) Edgar Degas |
Tuesday, June 21, 2016
E na Bolsa, vai o que?
Ihhhhh...
Bolsa de mulher não é coisa desse mundo, mas bolsa de bailarina...
Em bolsa de mulher tem:
- carteira (gigante, com cartões de todos os tipos, documentos e papéizinhos de toda a ordem)
- chaves (de casa, do carro, da casa da mãe, da casa da sogra, etc...)
- batom (as vezes tem dois: um mate e um gloss)
- creme de mão (tem uns pequenininhos, de viagem, mas por que não carregar aquele enorrrme da Victoria Secret, né gente?)
- perfume (eu dou sempre uma retocada no cheiro se ficar muito tempo fora)
- absorvente (com abas, noturno, dia a dia, interno, tem de tudo)
- bala (um drops basta, tá?)
- celular (ainda bem que eles diminuíram de tamanho...)
- carregador (e o medo de ficar sem contato com o mundo?)
- bloquinho de anotações ou agenda (para anotar telefone, endereço, email, etc... - celular para que né?)
- canetas (uma para escrever e outra para grifar).
- um remedinho (para dor de cabeça, para cólica, anti-concepcional)
- óculos de sol
- óculos de grau ou lentes e soro fisiológico
Em bolsa de bailarina tem: TUDO O QUE TEM NA BOLSA DE MULHER +:
- lenço de quadril (leia mais aqui:)
- véu de seda (as vezes mais de um)
- snujs (SIM! Não ocupa espaço e você nunca sabe quando vai precisar)
- uma necessaire de maquiagem: (rímel, lápis preto ou kajal, blush, bb cream ou base, pó compacto, e todo o kit de pincéis)
- lenços umedecidos (um para os pés e um para remover maquiagem)
- ipod, ipad, mp3, cd ou qualquer um desses para ouvir as músicas
- caderno de anotações (esse é o da aula)
Essa bolsa é aquela do nosso dia a dia, aquela usada para dar aula ou para fazer aula.
*Você pode me ajudar escrevendo mais alguma coisa - eu confesso que ficarei espantada
Agora, se você for da aula para um show a bolsa tem: TUDO QUE TEM ACIMA +:
- figurino (as vezes tem que levar dois)
- sapato (SIM! dependendo do lugar tem que dançar de sapato)
- uma troca de roupa (depois do show é muito comum ou ficar no lugar ou dar uma esticada - se prepare para tudo - mais para frente vou falar sobre isso ou por que você não deve levar calça legging nessas ocasiões)
- abay ou capa (não é legal ficar desfilando de figurino entre os convidados ou clientes do local, sabia?)
- MAIS MAQUIAGEM!
- uma necessaire de bijus (brincos, pulseiras, anéis, colares, e toda sorte de bugigangas imagináveis)
- alfinetes, para a roupa não cair né amiga?
- kit de costura (só para pessoas aptas, o que não é meu caso).
- alfinetes, para a roupa não cair né amiga?
- kit de costura (só para pessoas aptas, o que não é meu caso).
Lógico que isso tudo pode se transformar numa mala, mas eu mesma já enfiei tudo numa única bolsa, então...
Nem vou falar aqui da parafernália de acessórios que levamos: espada, bastão, mais véu, véu wings, etc..
*Eu escolhi essa imagem porque achei a mais próxima do meu estilo, mas essa fotógrafa, Sarah Benton, fez um trabalho incrível fotografando só o que tinha dentro das bolsas das mulheres, confere aqui: In Her Handbag e veja se não se identifica com alguma
Podíamos fazer uma série só de bailarinas né????
Beijo
Ju
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Tuesday, June 14, 2016
O Jardim das Belezas
Era uma vez...
Um Jardim lindo, cheio de flores de todos os tipos, árvores grandiosas, árvores frutíferas (todas muito carnudas e coloridas), grama fresca, plantas verdinhas e muito vivas.
Esse Jardim tinha Jardineiras muito cuidadosas, que regavam todos os dias as belas plantas que adornavam sua beleza.
Mas haviam também Jardineiros que de vez em quando vinham para ajudar nesse cuidado.
Certa vez, a Jardineira chefe, ordenou que mais Jardineiros fossem ao lindo Jardim para auxiliar no cultivo das plantas.
O Jardim foi ficando cada vez mais formoso, era um colírio aos olhos...
E assim, cada Jardineiro ficou incumbido de determinada parte do Jardim. O trabalho foi dividido de forma que todos pudessem realizar o trabalho com maestria.
Conforme o trabalho rendia, aquele que tivesse o pedaço do Jardim mais bonito ia ganhando notoriedade, ia ganhando outros espaços, tinha reconhecimento.
Acontece que, nem todos os Jardineiros tinham a mesma habilidade com as plantas. Assim, haviam espaços no Jardim que tinham mais flores ou frutos que outros.
E da mesma forma, os que não eram hábeis, acabavam sendo esquecidos e nada reconhecidos.E assim foi passando o tempo...
Certa vez, ao entrar no local de rega, um Jardineiro notou que as orquídeas que havia cultivado com tanto carinho e amor, estavam quebradas.
Notou também que o pé de jabuticaba estava com frutas faltando.
Sem falar da samambaia estava murcha, murcha...
Aquilo lhe causou uma tristeza tão grande que sequer conseguiu trabalhar nas outras plantas e foi embora.
Voltou no outro dia e ao passar por entre as rosas, o comigo-ninguém-pode e a macieira de seu Jardineiro vizinho, notou que haviam orquídeas e samambaias na macieira dele!
Perguntou então:
- Vizinho Jardineiro, eu não sabia que você tinha essas plantas no seu Jardim. Desde quando elas estão ai?
- Poxa vizinho, sabe que não sei como elas vieram parar aqui? Aceita um biscoito com geléia de jabuticaba que acabei de fazer?
Fim.
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